Não conheço, não posso dizer, mas descrevo aquilo que vejo e que meus olhos querem dizer, é aquilo que sinto. O sorriso que me encanta, os fios de cabelo que se misturam, trazendo beleza e cheiro e o olhar que encontra de verdade e desconcerta a naturalidade acostumada ser.
De encontro em encontro, surge algo que me convida a enfrentar os medos, coincidências que se repetem, sinais que aparecem, fico sem jeito, calado, só observo, deixando por acontecer o que porventura possa não existir.
O Tu é o outro da relação que pede um nós para se firmar, criando possibilidades para que o amor entre, modificando as realidades pré determinadas, quebrando os paradigmas, alcançando os desejos sinceros, despertando o coração acomodado pela falta, eis que o dia chega sem aviso prévio, é agora o momento, aproveite.
O romântico trágico, imenso, diversos, contraditório, diferente, mas sempre sendo o mesmo, autêntico, avassalador, original. Sinal de fraqueza? Prefiro sofrer sendo assim, amando com significado do que sofrer sem sentido. Este olhar humanístico que me faz respeitar o que é, ser empático e coerente com aquilo que sou, é uma forma de assumir a identidade, marcada pelo selo que nos identifica como ser humano e nesta carta, vamos descrevendo a vida nos sentidos e a intuição que diz, é por aqui.
A viagem é longa, entrar em contato com os sentimentos gera angústia, ficar parado não é uma boa escolha, a velocidade dos pensamentos, com os batimentos do coração e o corpo desconectado por este amálgama de acontecimentos.
A identificação nos aproxima e o tempo vai dizer o que pode ser, por enquanto fique com uma coisa só, o conquistar demorado é duas vezes mais saboreado por aquele que sabe apreciar o que há de bom, fico por aqui, com o gostinho de querer mais na esperança de na próxima oportunidade se concretizar o que é tão sonhado.