Há um mundo dentro de si

A interpretação muitas vezes na intenção de definir, tira a possibilidade do outro ser inteiro pra você, pois, não se atingiu o nível de compreensão empática sentida na relação.

Ter o olhar na direção do alvo, aproximar com cuidado, respeito a uma vida que se expõe, que fala sem dizer, que chora sem lágrimas e que grita de dor manifestada pelas emoções próprias de cada história.

O humano se derrama, quer chegar, mas sem forças para alcançar, sem saber o porquê e como será. Espelho de minh’alma, que reflete o sofrimento identificado depois de ser esmiuçado na relação de encontros, que se encontra por aí, uma voz penetra as entranhas reservadas, chegou de uma forma que não conhecia, mas conquistou o lugar que precisava ser olhado com mais carinho.

Há um mundo dentro de si, uma subjetividade revelada e outra por ser explorada, a definição pode se tornar o fechar de conclusões que ainda não estão amadurecidas para serem definitivas; investigar, conhecer sem cessar e assim a cada dia descobrir algo novo que nos faz ressignificar a vida e o outro, longe do que me enclausura o já saber, perto do que ainda está por ocorrer.

Na abertura do processo de devir que estabelecemos profundidade em quem bate à porta é a oportunidade de se auto atualizar na medida em que enxergamos as pessoas como reflexos de nós mesmos considerando a perspectiva da relação de crescimento através do contato.

As questões internas, o ponto de interrogação insiste em dizer vai, não pára, a filosofia de vida, abraçada a psicologia humana, estendida pela fé em acreditarmos no que pode acontecer de bom para humanidade ser melhor, criando meios para sair do óbvio das reclamações e imaginar saídas que poderão ser concretizadas a partir do sim de cada ser humano.

Sonhar, viver este que nos motiva a ser, que nos assegura de que caminhar não é saber como a vida vai se desenrolar, mas presentificar os acontecimentos de uma vida que nos convida a estar agora.